MÃO DE FERRO

sábado, 26 de novembro de 2011

MP pode minar pretensões de prefeitos

                        
O prefeito de Cachoeiro, Carlos Casteglione, pode perder o direito de disputar a reeleição.

 
O Tribunal de Contas do Estado (TCEES) está analisando representações contra os prefeitos dos  municípios da Serra, Santa Leopoldina, Presidente Kennedy, Viana e Cachoeiro de Itapemirim relacionados às fraudes em licitações descobertas pela “Operação Moeda de Troca”.

No final do ano passado, o Ministério Público Especial de Contas formalizou representações sobre as supostas irregularidades contra prefeitos, secretários municipais e empresários.

Entretanto, as denúncias só agora começam a chegar às pautas do plenário do Tribunal.

 
O julgamento da Corte de Contas pode implicar em sanções mais severas para os políticos, como o enquadramento na Lei da Ficha Limpa – que deverá valer para o próximo pleito. Com isso, caso sejam condenados, os prefeitos podem ser impedidos de disputar à reeleição.

Todos os envolvidos estão no primeiro mandato de governo: Sérgio Vidigal (PDT), na Serra; Ronaldo Prudêncio (PDT), em Santa Leopoldina; Reginaldo Quinta (PTB), em Presidente Kennedy; Ângela Sias (PMDB), em Viana, e Carlos Casteglione (PT), em Cachoeiro de Itapemirim.

Atualmente, as representações que ainda não foram apreciadas estão em fase de análise segundo informações do procurador de Contas, Luciano Vieira, três dos quatro processos (envolvendo os prefeitos Sérgio Vidigal, Reginaldo Quinta e Carlos Casteglione) aguardam manifestação das Controladorias Técnicas do TCEES.

Já o processo contra a prefeita de Viana sequer chegou à  área técnica e se encontra no gabinete do conselheiro Marcos Madureira Representações vão além da ‘Moeda’

Nas representações contra os prefeitos envolvidos na “Operação Moeda de Troca”, os procuradores de Contas avançam sobre pontos que não chegaram a ser incluído no rol de contratos fraudulentos durante a “Operação Moeda de Troca”.

Na representação contra o prefeito da Serra, Sérgio Vidigal, a secretária municipal de Educação, Márcia Lamas, também é relacionada às supostas fraudes cometidas em contrato com a empresa Impacto Máquinas, de propriedade de Aldo Martins Prudêncio – acusado pelo Ministério Público Estadual (MPES) de ser o cabeça de quadrilha.


No documento, o procurador mira “infrações gravíssimas” a Lei de Licitações (Lei nº 8.666/93) e narra ainda a pressa de Vidigal em rescindir tão logo o escândalo veio à tona.

A mesma empresa é também relacionada nas representações formuladas contra os prefeitos de Cachoeiro, Carlos Casteglione, e de Presidente Kennedy, Reginaldo Quinta. As peças do MP de Contas narram o mesmo modus operandi do bando que utilizavam empresas laranja para simular a legalidade dos certames.


Em Viana, a Procuradoria de Contas indica a participação da ordenadora de despesas, neste caso, a prefeita Ângela Sias, em fortes indícios de fraudes na contratação de show e serviços de limpeza e manutenção – este último firmado com a empresa Metavix, também encontrada em Presidente Kennedy.

Entretanto, a situação no município é um caso à parte, já que a licitação foi anulada antes mesmo do contrato ter sido firmado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário