MÃO DE FERRO

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Prefeito de Campinas é cassado pela Câmara

Demétrio Vilagra é o segundo administrador municipal que sofre impeachment este ano

Os vereadores de Campinas cassaram, no começo da noite desta quarta-feira (21), o mandato do prefeito Demétrio Vilagra (PT) por 29 a 4 votos, por quebra de decorro. É o segundo prefeito a ser retirado do cargo este ano por uma CP (Comissão Processante) na cidade.

Os votos a favor de sua permanência foram dos três vereadores da bancada do PT e um do PCdoB, os mesmos que já foram contrários à formação da CP. O relatório final da CP tem oito volumes, com 1.440 páginas, e começou a ser lido às 9h53 de terça-feira. Ao todo, a sessão durou 33 horas ininterruptas.

De acordo com a CP, o então vice-prefeito Vilagra assumiu a prefeitura em sete oportunidades, e sabia das irregularidades no órgão.

De acordo com as informações prestadas pelo ex-presidente da Sanasa (Serviço de Abastecimento e Saneamento de Água ), Luiz Castrillon de Aquino, delator do esquema que levou à cassação do então prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT), todas as acusações são verdadeiras.

Demétrio foi denunciado pelo Ministério Público como integrante de uma quadrilha que tinha como chefe a ex-primeira dama, Rosely Nassim Jorge Santos.

Ele é acusado de fraude em nove contratos da Sanasa durante a substituição do então prefeito dr. Helio. Demétrio chegou a ficar preso por 22 horas, após seu retorno das férias na Espanha, em razão das denúncias.

No dia 20 de agosto deste ano, o então prefeito Hélio de Oliveira Santos (PDT) era cassado pela maioria dos votos da Câmara.

Vilagra assumiu três dias depois, sendo substituído em seguida pelo presidente da Câmara, Pedro Serafim (PDT), entre os dias 28 de outubro a 3 de novembro.

Com a saída de Vilagra, o cargo deve ser ocupado por Serafim, que determinará a realização de novas eleições em 2012.

Procedimentos

O julgamento do pedido de impeachment do prefeito Demétrio (PT) começou às 9h15 desta terça-feira (20), na Câmara Municipal de Campinas, interior de São Paulo.

De acordo com a assessoria de imprensa da Câmara, às 9h52 deu início ao procedimento de leitura do processo de 1.400 páginas, que deve durar até quinta-feira (22).

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