MÃO DE FERRO

sábado, 3 de dezembro de 2011

Paulo Magalhães queria usar vaso de arruda para constranger ACM Neto

Arruda como arma em briga familiar

Há uma nova história circulando em Brasília como explicação para o vexaminoso discurso em que o deputado federal Paulo Magalhães (PSD) cobra no plenário da Câmara providências contra o roubo de um vaso com um pé de arruda que comprara para ornamentar o hall de entrada de seu apartamento funcional em Brasília.

Pela versão atual, Magalhães teria comprado o vaso para abespinhar seu primo em segundo grau, ACM Neto (DEM), deputado federal como ele, que foi seu vizinho de porta na capital federal até recentemente. A idéia da planta, segundo Magalhães relatou a colegas, teria a ver com o ex-governador cassado do DF José Roberto Arruda.

Ele queria mostrar supostas vinculações do primo com o pivô do rumoroso caso que ficou conhecido em Brasília como “Mensalão do DEM”, o qual levou Arruda também a ser expulso do partido. Por isso, teria acrescentado ao vaso várias notas de reais, numa alusão ao dinheiro desviado pelo ex-governador.

Ao chegar em casa, entretanto, deu por falta do vaso, concluiu que o desaparecimento da planta com o dinheiro fora obra de ACM Neto e por isso decidiu denunciar o sumiço “espetacular” do arbusto no plenário da Câmara. O problema é que se sua intenção era realmente constranger ACM Neto, Magalhães saiu-se muito mal.

Primeiro, porque ninguém entendeu qual era seu propósito com aquela história. Depois, porque não pega bem o contribuinte custear um mandato cuja obra mais importante até agora foi conduzir uma briga familiar ao plenário da Câmara. E, em terceiro lugar, porque seu discurso, independentemente de justificativa, foi patético.

Depois de denunciar, em discurso na tribuna da Câmara dos Deputados o roubo de um vaso de arruda que comprou para ornamentar sua residência funcional, em Brasília, Paulo Magalhães (PSD) ganhou o apelido, entre seus colegas baianos, de “deputado-urucubaca”, já que a planta é normalmente usada contra o mau olhado, motivo pelo qual, aliás, segundo o próprio parlamentar, ele decidiu comprá-la. Magalhães integra a bancada do silêncio na Câmara, aquela que nunca se pronuncia em discurso por nada. Recentemente, foi acusado de agredir a equipe do programa CQC, com, entre outros recursos, socos, cotoveladas e um tapetão no microfone. É candidatíssimo a assumir o topo do ranking do anedotário político nacional. Que papelão!

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