MÃO DE FERRO

sábado, 2 de março de 2013

Deputados dizem que fim de salário extra na Assembleia “é irreversível”

Deputado Afonso Florence (PT)

Enquanto a discussão segue embrionária na Assembleia Legislativa, deputados federais das mais diversas correntes políticas avaliam que a extinção dos 14º e 15º salários é um processo irreversível nos legislativos de todo o Brasil. A posição foi defendida primariamente pelo deputado Afonso Florence (PT-BA), que tenta, desde o ano passado, colocar a matéria em votação no Congresso Nacional – a proposta de extinguir os benefícios logrou êxito na última quarta-feira. Apesar de otimista para que a situação vivenciada em Brasília se repita em outros legislativos, Florence ressalta a importância da opinião pública no processo. “Eu não acho que seja inexorável que algum legislativo mantenha o benefício. É possível que haja disputa política”, afirma o petista. Defendida timidamente por poucos deputados estaduais, nos bastidores há o comentário de que o corporativismo dos parlamentares possa travar o processo de apresentação e aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para extinguir as benesses na Assembleia Legislativa da Bahia. Os confrades da Câmara Federal, entretanto, apontam que será difícil manter uma postura como essa. “É irreversível. Vai ter eleições para o legislativo ano que vem, isso vai ser cobrado em praça pública. Quem se posicionar contra, vai perder votos”, analisa o peemedebista Lúcio Vieira Lima. A prova de que o assunto perpassa por diversas legendas é que o comunista Daniel Almeida corrobora com Lúcio. “O que acontece no Congresso Nacional repercute nos legislativos. Não acredito que haja clima para sustentar esse benefício”, sugere o coordenador da bancada da Bahia no Congresso. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário