MÃO DE FERRO

quinta-feira, 28 de março de 2013

Declarações de Dilma amarram as mãos do Banco Central


Ao assegurar ontem em Durban, na África do Sul, que seu governo não tomará “quaisquer medidas” de combate à inflação que possam “desacelerar o crescimento da economia brasileira” — como, aliás, o crescimento já não estivesse desacelerado –, a presidente Dilma Rousseff, na prática, amarrou as mãos do Banco Central. Já são conhecidas as intervenções de Dilma em todas as áreas do governo e a utilização das estatais, por seu governo, como forma de jogar a inflação para debaixo do tapete, mesmo em prejuízo das metas e da eficiência das empresas.Agora, nas declarações feitas a jornalistas durante reunião dos Brics — os maiores países em desenvolvimento e sigla retirada das letras iniciais de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (South Africa, em inglês) –, Dilma esteve a milímetros de dizer, às claras, que não vai permitir que o Banco Central aumente as taxas de juros para conter a inflação, mesmo que, tecnicamente, os especialistas do BC considerem necessária a medida. Há três anos, a inflação oficial do país tem ficado próxima ao topo da meta de tolerância — 6,5%, que especialistas consideram um teto alto demais para padrões internacionais, mesma coisa que ocorre com o chamado “núcleo da meta”, 4,5%.

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