MÃO DE FERRO

quarta-feira, 27 de março de 2013

O quanto à política e os politiqueiros nos faz de idiotas




E nós não falamos nada, dizemos amém a tudo isto e não se vê uma ação inteligente, para modificar isto.


Partindo do princípio que Deus nos deu um patrimônio chamado inteligência, alguma coisa nos sugere que ela deva ser usada.


Se somos picados por uma abelha, por exemplo, não tomamos imediata providência para extrair o ferrão que tanto dói?


Se uma febre alta nos faz sofrer, não recorremos imediatamente a um antitérmico a fim de baixá-la e procuramos o médico para nos ajudar a identificar a sua causa?


Por que, então, não fazemos o menor esforço para extrair o espinho da politicagem que, por décadas e décadas, fere a todos nós?


Tem sentido, eu e você, brasileiros comuns, sermos vistos apenas como instrumentos de votar, para dar vida boa para um pequeno segmento de privilegiados que mamam nas tetas da Nação, enriquecendo ilicitamente às custas do sacrifício do povo?


É óbvio que devemos entender que o País, o Estado e o Município precisam de administrações, e que essas administrações devem ser exercidas por elementos do povo, escolhidos pelo próprio povo.


Mas, por causa disto, temos que nos acomodar sabendo que culturalmente a maioria que pleiteia os cargos públicos objetiva SE SERVIR da coisa pública e não servir através dela?

Gente! Será que não está na hora de todos despertarmos para a lucidez e acordarmos desse sono letárgico que nos cega diante desta estúpida realidade que se repete no país por anos e anos, em todas as eleições?


Temos visto, com os nossos próprios olhos, escândalos escancarados, mostrados pelas televisões, pelas revistas VEJA da vida, quase que semanalmente; temos visto a polícia federal prender bandidos ricos em flagrantes explícitos e imediatamente o surgimento de desembargadores, juízes e até ministros em supersônica velocidade para tirá-los da cadeia; temos visto em nossas regiões determinadas criaturas que, pela política, se transformam em milionários, donos de tudo quanto é coisa em nosso estado: emissoras de televisão, de rádio, redes de supermercados, concessionárias de automóveis, fazendas com milhares de cabeças de gado... Enfim, temos visto todo tipo de sem-vergonhice explícita, diante dos nossos próprios olhos, e não tomamos providência nenhuma?


De repente, volta à televisão a exibir o conhecido horário do T R E, um dos maiores espaços de cinismo em nossos vídeos, afrontando a inteligência do cidadão, com as mesmas promessas de anos pretéritos, as mesmas críticas a partidos contrários, as mesmas produções das grandes agências e dos marketeiros, e vamos repetir exatamente os mesmos erros de épocas passadas, votando simplesmente por votar?


Vejamos só quanta subestima à inteligência do eleitor: “Eu sou o João do Ferro Velho, vou resolver todos os problemas da educação do nosso município, meu número é xxxxxx. Fulano Prefeito”. Quem foi que determinou que um imbecil desse deveria ser candidato?
“Ah, estamos numa democracia e todo cidadão brasileiro tem o direito de se candidatar”, é o que dizem os senhores arautos da demagogia, da hipocrisia e do direito irracional.

De repente os manipuladores dos diretórios dos partidos, em cada cidade, invariavelmente teleguiados por um poderoso qualquer, que se acha líder e dono maior de algum segmento populacional daquele município, percebe um “Chico da Bosta”, “João Cara de Cavalo”, “Zé da Igreja” ou qualquer figura desta que, por circunstâncias da vida, se tornou figura popular, e os colocam como pleiteantes a ocupar um cargo político, na condição de gerir a coisa pública?


O que é que uma figura dessa vai fazer numa Câmara de Vereadores, numa Assembléia Legislativa ou num Congresso Nacional?


Será que não dá pra gente perceber que um cidadão brasileiro desse, cheio de “direitos”, ao ser eleito não vai ter voz ativa nunca, não vai ter vontade, não vai ter discernimento nunca para apreciar projeto nenhum, porque não tem a menor competência para elaborar projetos, e será sempre um pau mandado de algum desses considerados donos do partido?

Isto é óbvio!


Ele sempre terá um dono que lhe cobrará:

- “Olhe aqui, seu Fulano. Fique caladinho aí, faça o que eu quero porque fui eu quem lhe botou na política, você era um pé rapado e agora está ganhando uma grana, como vereador, mais os ‘por fora’ que todo político ganha, vivendo numa boa e tem que fazer o que eu quiser. Vote no que o partido determinar e estamos conversados”.


É ou não é assim, meu amigo leitor?


Inúmeros são os exemplos em todos os estados brasileiros.

Se você quiser saber mesmo o nível dos políticos que nós estamos elegendo, procure entrar no site da Câmara dos Deputados, em Brasília, (www.camara.gov.br) veja deputado por deputado, leia os seus currículos e procure dar uma olhada em todos os “projetos” apresentados por cada um, e preste bem atenção na essência de cada. Vai dar um trabalho enorme e você ainda vai se assustar. (eu tive um trabalhão para analisar tudo, mas analisei).


Você vai perceber que a maioria nem tem competência para apresentar projeto nenhum e que aqueles que se dispõem a apresentarem alguma coisa, não conseguem saber nem a diferença entre o papel de um Deputado Federal e de um Vereador, haja vista a quantidade de propostas para:


- “Reformar o telhado do colégio XYZ, no bairro ABC, da sua cidade”.

- “Construir uma sala para atendimento odontológico no posto de atendimento do bairro LMN da sua cidade”


Ora, esse tipo de pleito é para vereador e não para deputado federal.

É impressionante o analfabetismo em relação ao cargo que ocupa. Não conseguem entender que o papel do Deputado Federal é cuidar de coisas de abrangência Federal, obviamente os assuntos de interesse dos seus estados, mas de abrangência Federal.

E somos nós que elegemos essas figuras!!!!!


Além dos famosos “Zé da Farmácia” da vida, encontramos também outras figuras não menos notáveis:


- “Eu venho pedir o seu voto, em nome de Jesus, para lutar contra isto e contra aquilo, porque na Bíblia, em Isaías X, versículo Y, diz isto, aquilo e aquilo outro.”

O abuso do nome de Jesus, outra prática que se repete, é algo também repugnante, praticado por muitos que, se fizermos uma verificação aprofundada veremos que não tem a menor afinidade com a proposta de conduta do homem, sugerida por Jesus.

Recentemente, conversando com um Pastor Protestante, amigo meu, daqueles dignos, que têm conduta autenticamente Evangélica, ele me dizia:


- “Em toda a minha vida eu nunca vi o nome de Jesus ser tão banalizado, como nos dias atuais. Não sabem esses nossos irmãos que com essas suas posturas, ao invés de divulgarem o nome do Senhor, terminam por gerar repúdio e antipatia ao seu nome. É uma pena, mas a liberdade religiosa permite isto”. A tentativa de diminuir o opositor e de hiper valorizar a sua administração é outra forma de subestimar a inteligência popular.
  
Aqui em Jucuruçu essa prática não é diferente de cidade nenhuma:


Um monte de espertalhões, altamente maquiados pelas agências de propaganda e marketeiros, contratados a peso de ouro para iludir o eleitor, certos estão de que a maioria dos brasileiros não raciocina e têm memória curta.


O que o autor desta matéria quer com isto? Conduzir as pessoas a não votarem nos políticos já conhecidos e elegerem os novos que aparecem, acreditando que pelo fato de serem novos resolverão os problemas milagrosamente?


Não! Não é nada disto.


A minha proposta é para que façamos um Raio X na vida de cada candidato, agora, com antecedência, para sabermos quem de fato tem dignidade, quem não tem história de corrupção e safadeza em empresas, quem não é Maria-vai-com-as-outras, quem tem personalidade e autenticidade, quem tem identidade própria para ser ele mesmo e não fantoche de terceiros e, fundamentalmente, com é a pessoa no lar, como é a convivência com o seu próximo e, sobretudo que história tem de algum serviço prestado em favor do semelhante.


Hoje, com os meios tecnológicos que temos disponíveis, é facílimo fazer uma checagem na vida de todo mundo; já foi tempo em que pessoas faziam as maiores safadezas sem serem descobertas, nenhum de nós está livre de ser grampeado a qualquer momento, portanto, quem for podre vai se quebrar, mais cedo ou mais tarde.


Temos que entender que um cidadão que sempre teve histórico de egoísmo, usura, ambição exacerbada, postura grosseira em relação aos outros, indiferente em relação ao problema do próximo, enriquecimento duvidoso, elemento metido a besta, presunçoso e cheio de comprometimentos no campo da moralidade autêntica, que nada tem a ver com moralidade de sociedade e de formalidade, com certeza vai usar e abusar da coisa pública se for eleito. Vai meter a mão!!!


É muito fácil apurar tudo isto, em relação a essas figuras que estão aparecendo por aqui.

Digamos NÃO às malandragens e às espertezas daqueles que nos querem fazer de bobos.

Comecemos a pressionar esses diretórios de partidos das nossas cidades que se acham no direito de determinar quem deve e quem não deve ser candidato.


Posso garantir que em todas as cidades do Brasil existem pessoas dignas e qualificadas para ocuparem os cargos públicos, mas que ninguém as convida e muito menos a população faz o menor esforço em indicá-las a concorrerem.


É aquela diretora de colégio que durante anos sempre administrou o estabelecimento, ganhando pouco, porém sem nunca abrir mão da dignidade e sem se vender para editoras a fim do colégio indicar exclusivamente os seus livros.


É aquela enfermeira que durante anos se dispôs, incondicionalmente, a sair até altas horas da noite para aplicar injeção em pessoas carentes necessitadas de socorro e que nunca se submeteu a qualquer proposta sem vergonha.


É aquele médico que sempre resistiu às pressões de planos de saúde para passar poucos exames para os pacientes, porque o seu compromisso com a ética médica é inviolável e incorruptível.


Quer votar em Pastor? Tire a venda dos olhos e procure enxergar um pastor verdadeiramente digno, que tem conduta de vida coerente com Jesus e que conduz Igreja para sintonizar os fiéis com o Senhor e não para ele ficar milionário.

Enfim, os exemplos existem em todas as áreas e nós não podemos ser cegos em relação a esses exemplares de luz que existem em todos os lugares.


Por que vamos eleger ou reeleger pilantras, espertalhões e incompetentes?

O Brasil só começará a verdadeiramente crescer quando a sua população deixar de ser burra e acordar para a coerência, o bom senso e a racionalidade.

Viva o Brasil. Viva Jucuruçu. Viva as pessoas de bem. 


Um forte abraço a todos.



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