MÃO DE FERRO

quinta-feira, 7 de março de 2013

Acordo fracassa e votação de contas de JH pode ter data modificada


Acordo fracassa e votação de contas de JH pode ter data modificada


Os vereadores de Salvador suspenderam a votação programada para a tarde desta quarta-feira (6), cuja pauta foi previamente acertada em reunião do colégio de líderes, realizada mais cedo. Integrantes do Legislativo ouvidos pelo Bahia Notícias avaliaram que a quebra do acordo significa que a votação das contas do ex-prefeito João Henrique (PP) pode não acontecer mais no dia 27 de março, como foi definido. O acerto feito pelos líderes partidários durante a manhã previa a apreciação de projetos considerados não polêmicos. No entanto, alguns vereadores, em especial Carlos Muniz (PTN) e Henrique Carballal (PT), apresentaram disposição em dificultar a votação. Ambos argumentaram não concordar com um projeto de indicação do vereador Isnard Araújo (PR), que recomendava ao governador Jaques Wagner utilizar nas escolas públicas estaduais a metodologia de ensino do Colégio Militar. “A gente vai votar projeto que não conhece?”, questionou Muniz. “Sou professor e contra o projeto. Ia discutir a indicação”, apontou Carballal.
Vereadores consultados pela reportagem, no entanto, apontaram o verdadeiro motivo da “rebelião” liderada pela dupla: a insatisfação com o processo de composição das comissões da Câmara. O próprio petista deixou escapar a razão real de seu descontentamento em entrevista ao BN. “Acho que a Casa tem problemas. Vereadores questionaram a montagem das comissões”, relatou. Além da Comissão do Carnaval – cujo comando estaria destinado a Carballal – a Câmara discute criar a Procuradoria Legislativa para abrigar mais um vereador, possivelmente Alberto Braga (PSC). Com o anúncio de que a votação seria suspensa, o petebista Edvaldo Brito protestou de forma inflamada. “Eu não aceito que, mesmo com o jogo político, partidário e ideológico, nós nos reunamos no colégio de líderes para nada. Se os liderados desobedecem seus líderes, é um problema de organização das bancadas. Não sou palhaço. Repito mais uma vez. Não vim aqui para brincar”, bradou.

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