MÃO DE FERRO

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Em entrevista, Imbassahy afirma que governo Wagner está desmotivado e sem iniciativa

Deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB)

Entrevistado desta segunda-feira na rádio CBN Salvador, o ex-prefeito de Salvador e deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB), comentou sobre a atual situação do governo Jaques Wagner, sobre a votação das contas do ex-prefeito João Henrique (PP) e falou sobre as articulações da oposição visando 2014. O deputado revelou ter conversado hoje pela manhã com o presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Paulo Câmara (PSDB), sobre a necessidade de não existir mais nenhum adiamento da votação das contas do ex-prefeito e que não foi dada nenhuma orientação para os integrantes da legenda que fazem parte do quadro de vereadores. “Eu conversei hoje pela manhã com o presidente da Câmara sobre esse assunto. Disse a ele que não pode ficar protelando a votação. Pelo que eu percebo a votação vai ser no sentido de manter o parecer do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) que é o da rejeição das contas. Tecnicamente as falhas e os defeitos que foram cometidos são verdadeiros crimes contra o patrimônio público de Salvador. Nós não precisamos dar nenhum tipo de orientação para esse caso especifico, pois é tão flagrante. É uma coisa inacreditável. É a primeira vez que isso acontece na história de Salvador, uma capital ter por três anos consecutivos as contas rejeitadas da administração pública da prefeitura”, ressaltou.
Sobre a dificuldade da oposição em apresentar um nome competitivo para disputar o governo baiano, Imbassahy foi questionado se abriria mão de um mandato de deputado para disputar o governo em 2014 e qual a posição dele referente a antecipação do debate eleitoral para as próximas eleições. “Eu acho que quem precipitou esse processo sucessório foi o PT. Foi o governo da Bahia, quando na verdade o governador poderia dar atenção a outros aspectos, como a questão da seca, uma situação totalmente desassistida e muito das vezes desesperançosa”, avaliou. Segundo o tucano, existe pelo lado petista um pouco de constrangimento para o vice-governador Otto Alencar (PSD) que, possivelmente, seria um dos nomes que seria colocado à mesa pelos partidos que apoiam a base do governador, daí então teria surgido a necessidade de acelerar o processo interno eleitoral, com o intuito de mostrar a Otto Alencar que ele não tem possibilidade de lançar candidatura ao governo.
Questionado, que teve participação especial na entrevista, se o PSDB mantém a ideia de lançar o candidato João Gualberto (PSDB), o ex-prefeito enalteceu a gestão de Gualberto, mas voltou a lembrar que ainda não seria o momento ideal para disponibilizar um nome, focando, a princípio, a unidade das oposições. “Eu acompanhei, inclusive, o avanço na Saúde, na qualidade da educação, que foi premiada pelo MEC, reconhecendo que foi o município que mais avançou na área da educação no Brasil. A qualidade das obras públicas de Mata de São João e o custo. Na verdade está muito cedo para buscar definições de nomes. O importante agora é manter a unidade das oposições, como a gente fez nas eleições passadas, quando o governo foi derrotado”, disse. Antonio Imbassahy aproveitou a ocasião para criticar o governo Jaques Wagner, fazendo comparações com outros estados onde o crescimento tem ocorrido de forma satisfatória. “Esse governo que está instalado hoje na Bahia é um governo desmotivado, um governo sem iniciativa, um governo que fez com que a Bahia perdesse prestigio político e perdesse também posição na economia regional. Enquanto estados como Pernambuco, Ceará e Sergipe crescem, a gente não consegue crescer, os investimentos estão indo para outros estados brasileiros por falta de ação de um governo que não está compatível com a grandeza do nosso estado”, concluiu.

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