MÃO DE FERRO

sábado, 14 de julho de 2012

Governo brasileiro eleva tom de crítica a regime da Síria

Presidente sírio, Bashar al-Assad

O massacre na vila de Tremseh, no norte da Síria, fez o governo brasileiro endurecer de modo inédito a condenação ao governo de Bashar Assad. Em nota, o Itamaraty “condenou veementemente a repressão violenta contra civis desarmados” e cobrou Damasco que lembre os compromissos assumidos com o plano de paz do enviado especial da ONU, Kofi Annan. Ao menos 200 civis teriam sido assassinados por forças regulares da Síria ou milícias leais a Assad no quinto massacre em larga escala em 16 meses de crise. Alguns grupos de oposição, porém, colocam a cifra de mortos em mais de 300. Segundo observadores da ONU, o regime Assad usou helicópteros de ataque, tanques e artilharia pesada contra a vila sunita nas cercanias de Hama. Em seguida, as milícias shabiha (“fantasma”, em árabe) teriam ido de casa em casa. Conhecido – e criticado – pela posição excessivamente cautelosa no trato com a ditadura síria, o Brasil cobrou nesta sexta-feira diretamente o regime de Damasco. “O governo brasileiro insta o governo sírio a interromper imediatamente quaisquer ações militares contra civis desarmados e a cooperar com a Missão de Supervisão das Nações Unidas na Síria (UNSMIS) permitindo-lhe acesso irrestrito aos locais conflagrados por conflitos”, diz o texto. 

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