De passagem por Berlim, na Alemanha, Lula foi alcançado por microfones. Ele participou de um encontro com representantes da social democracia nesta sexta-feira (7). Questionaram-no sobre um tema incontornável: a Operação Porto Seguro, cujo cais funcionava na sala ao lado do seu gabinete na sucursal paulista da Presidência da República. Após duas semanas de ruidoso silêncio, o ex-chefe de Rosemary permitiu-se balbuciar um curto comentário: “Eu não fiquei surpreso.” E mais não disse. Natural que Lula não tenha ficado surpreso. Surpreender-se, estranhar, é começar a entender. Algo que não orna com sua presidência cega. Para um par de pupilas bem abertas, uma assessora mequetrefe que conseguisse acomodar protegidos e familiares em altos postos da República causaria enorme estranheza. Mas Lula, como se sabe, tem visão seletiva
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