MÃO DE FERRO

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Lula descarta candidatura durante ‘visita solidária’ de governadores



Governadores de oito Estados vêm a São Paulo para prestar solidariedade a Lula

“Na verdade o presidente está preocupado com o futuro do Brasil e com a reforma política. Ele disse que não tem intenção de ser candidato, mas está preocupado”, afirmou o governador do Amapá, Camilo Capiberibe (PSB), um dos participantes do encontro que reuniu outros sete governadores no Instituto Lula.
Em Brasília, a bancada o PT realizou um ato de desagravo ao ex-presidente e muitos parlamentares defenderam a candidatura de Lula à Presidência em 2014. Em meio aos discursos inflamados, não faltaram as entoações do tradicional hino lulista “Olê,olê, olê, olá, Lula, Lula” e o mais recente bordão adotado pelo partido: “O Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo”. 
No encontro em São Paulo, Lula, segundo Capiberibe, cobrou empenho dos partidos políticos para aprovação da reforma já que os atuais ocupantes de cargos eletivos não teriam interesse em alterar o sistema eleitoral. “Neste momento, quem está no exercício do poder não quer necessariamente uma mudança. Por isso é preciso uma força de vontade muito grande dos partidos”, disse Capiberibe.
Os governadores foram cuidadosos ao falar do motivo da reunião - o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), chegou a falar em “um encontro de alegria” - mas admitiram preocupação com as denúncias de Marcos Valério contra Lula. “Por que depois de sete anos de investigações surgem estas denúncias? Isso pairou no ar. Se estamos aqui é porque acreditamos nisso”, afirmou o governador do Amapá.
Único representante da oposição no encontro, o governador de Alagoas, Teotonio Vilela Filho (PSDB), defendeu a necessidade de reduzir o calor do ambiente político. “Lula tem grandes serviços prestados ao Brasil assim como Fernando Henrique Cardoso. São grandes homens que dão credibilidade ao Brasil no mundo todo e precisam ser preservados. Não é uma denúncia como esta do Marcos Valério que vai desmanchar isso. É importante fazer o que estamos fazendo aqui independentemente de ideologia ou partido político, mas em torno de princípios que venham pacificar e construir”, afirmou.
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), foi na mesma linha. “O que é preciso agora é de alguém que diga calma”, disse ele.
Organizador do encontro, o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), defendeu a valorização da disputa política e fez uma autocrítica em relação às divergências com o Judiciário. Em grande parte isso que está acontecendo é responsabilidade nossa, pois delegamos a outras instituições nossas próprias responsabilidades”, disse.

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