MÃO DE FERRO

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

De saída, Negromonte ignora ordem do Planalto


O ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP) – que anunciou a aliados a intenção de pedir demissão do cargo hoje–, descumpriu ordem do Palácio do Planalto e privilegiou aliados na alocação de verbas da pasta. 

Contrariando planilha do governo, o ministro reservou em 2011 valores a mais para obras incluídas no Orçamento da União por deputados da ala do PP que o apoia.

Negromonte comunicou ontem ao seu grupo político no PP que pedirá demissão do cargo hoje, saída antecipada pela Folha no sábado.

A situação de Negromonte agravou-se na semana passada após a Folha revelar a participação dele e do secretário-executivo, Roberto Muniz, em reuniões privadas com um empresário e um lobista interessados num projeto do ministério.

O episódio culminou com a demissão do chefe de gabinete do ministro, Cássio Peixoto, na quarta-feira. Muniz também deve sair. O líder do partido na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PB), é o favorito para assumir o cargo.

        Mário Negromonte deixa o cargo de ministro das Cidades

 O ministro das Cidades, Mário Negromonte, do Partido Progressista (PP), pediu nesta quinta-feira demissão do cargo, que ocupava desde o início do governo Dilma Rousseff.

A saída ocorre após uma série de denúncias sobre a gestão da pasta e a exoneração de outros dois servidores da cúpula do ministério. Com a saída, Negromonte reassume o mandato de deputado federal pelo PP-BA.

Ele é o nono ministro que sai do governo Dilma – o sétimo envolvido em acusações de irregularidades.

Em sua carta de demissão, Negromonte agradece a presidente Dilma pela confiança que recebeu.

Diz que sempre se manteve fiel ao governo da presidente e aponta uma “batalha na mídia” contra ele. No documento, afirma ainda que as denúncias de irregularidades sobre a pasta que comanda não comprovaram nada contra ele.

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