MÃO DE FERRO

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Quais são os tipos de políticos?


Falta pouco tempo para os brasileiros escolherem quais serão os novos políticos a assumirem os cargos de prefeitos vices prefeito e vereadores. Os debates ansiosos sobre as eleições de 2012 adotam um exercício muito comum nessa temporada de politicagem: o da futurologia. Jantares, almoços e encontros às escondidas sinalizam acordos que serão selados ou desfeitos. Pior: essas reuniões podem significar uma conspiração – onde alguém estará traindo o outro. Comentários que demonstram apoio a determinado candidato deixam várias pessoas em alerta, apostando numa suposta traição. Os videntes de plantão (que nesse caso são os jornalistas) enxergam apenas 2012 e fazem dos jornais um verdadeiro palco teatral, onde os atores mais competentes são premiados com sua própria visibilidade midiática.

Os espaços dos veículos de comunicação como o jornal, a tevê e o rádio se transformam numa espécie de vitrine. É como se a variedade de políticos fosse pendurada em cabides e os eleitores seriam os clientes que escolheriam o produto. Na verdade nos acostumamos com esse espetáculo. Nós somos a platéia que aplaude ou vaia. O teórico Roger-Gérard Schwartzenberg faz uma análise interessante em seu livro “O Estado Espetáculo”. Ele classifica os políticos em quatro tipos: o “Herói”, “igual a todo mundo”, “líder charmoso” e o “Nosso pai”. Para o autor o “Herói”, "é o homem excepcional, fadado ao triunfo, e depois à apoteose. O homem das façanhas, do entusiasmo e da glória. Em suma: o ídolo proposto ao culto dos mortais" (1978:11). Às vezes, o político se envolve tanto nesse papel que até esquece quem realmente é, devido à freqüência de estar atuando sempre num personagem.

Existe também o tipo “igual a todo mundo”, aquele que se parece com o público, cujo povo identifica imediatamente. Ele é "o campeão da normalidade, super-representativo e nenhuma das coisas corriqueiras lhe permanece alheia” (1978:43). Outro tipo classificado pelo autor é o do “líder charmoso”. Um homem que "cultiva a superioridade e a distância", mas também consegue se aproximar do povo devido sua simpatia e beleza. E, por último, o "Nosso pai", aquele que podemos recorrer quando estamos tristes ou angustiados. Schwartzenberg acredita que existem dois tipos de "paizão": "aquele da autoridade paternal-heróica – a do chefe revolucionário ou do fundador da independência nacional, a quem se dá o nome de “pai da revolução”, ou “pai da pátria”, mas que se aproxima do herói – e a autoridade paternal de rotina – a do sábio, “cheio de vivência e razão”, do “pai tranqüilo”, e próximo do homem ordinário “ (1978:84-86).



(Conheçam os tipos mais populares)


O político Sombra, que só vai na sombra de outro político mais conceituado.

O político Camaleão, este o mais conhecido de todos, que troca de cor conforme a situação ou ambiente, mas sempre para tirar vantagem.

O político Gol contra, aquele que entra na disputa só para atrapalhar, sabe que não tem condições de ganhar e fazer o gol, mas não deixa o colega do seu time fazer.

O político Ano-Bissexto, que só aparece de quatro em quatro anos.

O político Denílson, aquele que entra no time só para enrolar.

O político líder charmoso, um homem que "cultiva a superioridade e a distância", mas também consegue se aproximar do povo devido sua simpatia e beleza.

Pessoal, vamos prestar bem atenção nos tipos de políticos que vão a aparecer, pois as eleições estão chegando, vamos escolher pessoas que nos represente com dignidade, que a palavra e as promessas valham como um fio de bigode e que os eleitores saibam separar o joio do trigo, pois tem muitos políticos bons, mas tem muitos que não merecem o nosso voto: são que nem erva daninha adoram crescer, mas no meio da sujeira.

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