MÃO DE FERRO

sexta-feira, 15 de junho de 2012

EXCLUSIVO: Wagner e PP exercem “pressão brutal” por apoio de JH a Pelegrino, mas “traições passadas” do PT seguram prefeito

Jaques Wagner já teria se convencido de que Pelegrino precisa de João Henrique para se eleger
O prefeito João Henrique (PP) teria passado esta noite insone, segundo amigos próximos, devido a uma pressão definida por estes mesmos interlocutores como “brutal” que estaria sofrendo do PT, comandada diretamente por Jaques Wagner. O objetivo da ofensiva petista liderada pelo governador baiano é comprometer a qualquer custo o PTN, partido do secretário municipal da Educação, João Carlos Bacelar, com o apoio ao pré-candidato petista, Nelson Pelegrino.
Na tarefa de auxiliar do convencimento do prefeito, estaria o deputado federal Mário Negromonte, que comanda o PP, partido de João Henrique, responsável pelo aborto da pré-candidatura do progressista João Leão à Prefeitura. O apoio do PTN teria se tornado uma verdadeira obsessão para os petistas, porque marcaria o envolvimento definitivo do prefeito na campanha e a estimativa do partido de Pelegrino é de que a agremiação de Bacelar tem condições de eleger pelo menos seis vereadores na próxima legislatura, agregando um universo de votos estimado em 300 mil.
“Pelegrino e Wagner já se convenceram de que, independemente do desgaste do fim da administração do prefeito, o que importa nesta eleição é a máquina que ele está pilotando. Por ela, vale qualquer preço, inclusive, defender o prefeito na campanha, se for precido”, diz uma fonte do Palácio Thomé de Souza, aludindo ao atendimento de uma das principais exigências de João Henrique para manifestar o apoio ao petista, apesar de o acordo ainda não ter sido celebrado.
Mas a principal contrapartida oferecida pelo PT é a garantia do apoio de sua bancada à aprovação das contas de João Henrique que estão aguardando votação na Câmara e a liberação de R$ 32 mi para a conclusão das obras do metrô, além dos R$ 60 mi que a Embasa estaria devendo ao município. Indeciso em relação ao melhor caminho a seguir, João Henrique estaria resistindo, porque também não identifica a mesma pressão de que é vítima sobre o PCdoB, o PDT e o PTB, outros partidos da base governista que começaram a articular uma frente independente ao Thomé de Souza.
“Se o governador não consegue controlar os partidos rebeldes da sua base por que essa ofensiva de tirar o sono que estão fazendo contra o prefeito?”, questiona outro político próximo a João Henrique, supostamente indignado com o “cerco que Wagner e o PT” armaram sobre o chefe do executivo municipal. Para ele, o principal dilema de João Henrique é não acreditar na garantia lhe dada por setores do governo estadual de que o PT vai votar favoravelmente às suas contas na Câmara, já que a bancada municipal petista dá mostras repetidas de rebeldia frente ao governador, já tendo traído o prefeito em passado recente.
“Em 2008, o prefeito foi traído pelo PT, que, depois de participar amplamente do governo, lançou candidatura própria com Walter Pinheiro. João Henrique precisou de ACM Neto para vencer no segundo turno e depois para governar, tanto é que o seu líder na Câmara é Téo Senna, ligado a Neto”, acrescenta a mesma fonte, observando que “se o PT desse apoio ao prefeito, ele não teria que recorrer a quadros próximo a ACM Neto para garantir a governabilidade, como aconteceu todos estes anos. “Isto Neto deu a JH e o PT negou, sempre com ameaças na Câmara, inclusive de impeachment”, completou.

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