Parte da cidade de Nova Friburgo, na Região Serrana do Rio de Janeiro ficou destruída em janeiro de 2011, quando uma chuva torrencial provocou deslizamentos, inundações e um saldo de 428 pessoas mortas. Para ações emergenciais, o governo federal liberou para a prefeitura R$ 10 milhões. Com parte desse recurso, a prefeitura contratou uma empresa para eliminar ratazanas e outras pragas que se espalharam após as enchentes. Segundo reportagem da revista Época, os R$ 400 mil pagos à dedetizadora foram desviados em saques na boca do caixa, entre março e junho de 2011, por um assessor e um amigo do ex-prefeito da cidade, Demerval Barboza. A ação foi registrada pelas câmeras do Banco do Brasil e as gravações solicitadas em 2011 pela Procuradoria da República, que, dois anos depois da tragédia, ainda investiga os desvios das verbas. As imagens mostram dois empresários, donos da dedetizadora, que entram no banco, andam de um lado para outro, esperam ser atendidos e, finalmente, enchem uma mochila e envelopes com maços de dinheiro. Os dois estavam acompanhados ora do principal assessor do gabinete da prefeitura, ora de um amigo de longa data do então prefeito. Do total de R$ 10 milhões que Nova Friburgo recebeu do Ministério da Integração Nacional, R$ 3 milhões foram desviados sob o comando do prefeito Dermeval Barboza.
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