MÃO DE FERRO

quarta-feira, 21 de março de 2012

Câmara cassa 5 dos 8 vereadores afastados e denunciados pelo MP de Mucuri

Em sessão extraordinária realizada na tarde desta quarta-feira (21/03), a Câmara Municipal de Mucuri, na presidência do vereador Vomberto Alves de Souza (PMDB), cassou 5 dos 8 vereadores titulares que foram denunciados e presos pelos promotores de justiça da GAECO - Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais da Procuradoria Geral de Justiça da Bahia, mediante mandado de prisão preventiva da justiça da comarca de Mucuri, na manhã do dia 22 de dezembro de 2011, que apura crimes de corrupção ativa e passiva em transações com indícios de irregularidades envolvendo vereadores e empresários do ramo imobiliário de Mucuri e Nova Viçosa.

Os vereadores foram perguntados nominalmente e em cada quesito e a cassação do mandato dos titulares aconteceu um a um. Antes de começar a votação, o advogado Thaironi Sarmento Figueiredo, que defendeu os interesses dos denunciados em um pronunciamento e considerou a votação precipitada porque ainda não havia julgamento sobre as denúncias. Mas o placar foi de 6 votos a favor da cassação dos 5 vereadores Carlos Gonçalves de Souza, o “Tazinho” (PSDB), Gisele Aparecida Seguro Gazzinelli (PTB), Roberto Correia Bastos, “Nicó” (PSC), Márcio de Jesus Machado, o “Marcinho da Divisa” (PDT), Roberto Alves dos Santos, o “Professor Roberto” (PSC), com três abstenções.

O vereador Antônio Henrique Kock Fereguetti, o “Camarao” (PR), se absteve a votar em todos os processos, porque foi o parlamentar denunciante. A vereadora Maria das Graças Borges de Araújo, a “Professora Gracy” (PR), única parlamentar isenta das denúncias do Ministério Público, também se absteve a votar no processo de cassação. Sendo que os suplentes dos vereadores cassados, também se abstiveram a votar.

O presidente Vomberto Alves disse que o processo atendeu todos os requisitos da legislação e o resultado da votação atendeu a vontade da sociedade que vinha clamando por justiça social e moralidade política no Poder Legislativo mucuriense. Na próxima sexta-feira (23/03), haverá uma segunda sessão extraordinária onde será colocado em pauta um outro processo de cassação dos mandatos dos outros três vereadores denunciados, sendo Wilson Pereira Cabral, o “Wilson da Pinheiro Móveis” (PR), Justina Souza Cruz, a “Tina” (PSD), e Manoel Nergino Cruz (PSDB).

Atualmente são 6 vereadores denunciados que estão foragidos, já que na quinta-feira (15/03), o pleno do Tribunal de Justiça da Bahia, acatou a alegação do recurso do Ministério Público Estadual, tornando sem efeito a decisão do desembargador  relator Luiz Fernando Lima, que 42 dias após a prisão dos parlamentares, no último dia 2 de fevereiro, mandou solta os edis, mas o TJ/BA reformou a liminar dando a decisão, que os 6 vereadores da bancada de Mucuri, “Tazinho”, “Gisele”, “Nicó”, “Marcinho da Divisa”, “Professor Roberto” e “Wilson da Pinheiros Móveis”, devem permanecer presos, à disposição da vara criminal, até deliberação posterior.

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