A presidente Dilma Rousseff, ao chegar da África, terá que
se debruçar sobre o caso de corrupção no ministério do Esporte.
Pode ser o adeus de Orlando Silva, cuja situação ganhou
contornos de insustentabilidade nas últimas horas. O procurador-geral da
República, Roberto Gurgel, encontrou indícios suficientes para denunciá-lo ao
Supremo Tribunal Federal.
Para Dilma, a tomar como
base como tem agido nos episódios em que afastou ministros, basta isso. Porque
não vai esperar as investigações da suprema corte enquanto o ministro ficaria
escanteado, sem poderes, prestígio e, talvez, até cadeira para sentar.
Mais: o Estado de São
Paulo, na sua edição de hoje, relata que “O Ministério do Esporte prorrogou até
agosto de 2012 um convênio de R$ 911 mil do programa Segundo Tempo com uma
entidade de fachada que, apesar de ter assinado o contrato em dezembro de 2009,
jamais executou o projeto no entorno do Distrito Federal”.
O convênio fantasma, usado como propaganda eleitoral do PC
do B em 2010, foi revelado pelo Estado em fevereiro deste ano. O ministério
ignorou as suspeitas de fraude.
A renovação foi publicada há menos de dois meses, no dia 25
de agosto passado, pelo secretário executivo do ministério, Waldemar Souza, e
pelo secretário nacional de Esporte Educacional, Wadson Ribeiro, dois homens de
confiança do ministro Orlando Silva.
No rastro de uma
possível queda de Orlando Silva, ficam mal alguns comunistas do B baianos,
inclusive o secretário Ney Campello, da Secopa, que será processado pelo
deputado federal ACM Neto, por difamações, assim considerada pelo parlamentar,
por agressões contra ele, ao seu pai, o ex-senador ACM Jr. e ao falecido
senador ACM.
Os termos do que
disse, de fato, são muito fortes. Assim, o PC do B, ao agir de forma
corporativa, pode não limpar o que está sujo e pagar um preço que atinge o
governo Wagner. Nesse último caso, é o que se supõe.
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