MÃO DE FERRO

sábado, 20 de agosto de 2011

Servidores Públicos de Jucuruçu acusam Loyola de perseguição política


Acompanhados de um advogado e de representantes da APLB Sindicato, seis servidores concursados da Prefeitura Municipal de Jucuruçu, lotados na Secretaria Municipal de Educação, estiveram na tarde desta terça-feira (24/05) no Complexo Policial de Itamaraju, onde prestaram queixa contra o secretário municipal de Administração, Célio Nogueira Campos, 32 anos, e a Prefeitura Municipal de Jucuruçu, por crime de atentado contra a liberdade de trabalho.                                              

Um dos servidores, Ernane Pereira Ribas, 37, secretário da Escola Municipal Cecília Meireles no turno matutino, que no dia 14 de maio, ele e mais cinco colegas, todos concursados e da mesma unidade educacional, foram surpreendidos por um comunicado assinado pelo secretário municipal da Educação, Elson Paulo da Silva, informando que a partir do dia 16 de maio eles não mais poderiam adentrar àquela escola.                                                  

Para o servidor, a atitude do secretário da Educação representa “perseguição política” comandada pelo atual prefeito do município, Manoel do Carmo Loyola Paixão (DEM). Ernane informou que todos os servidores punidos não comungam da mesma ideologia política do prefeito. “Ele age assim, quando fica sabendo que tem alguém que não é do lado dele, ele persegue e nós não somos os primeiros não, isso já aconteceu com outros cinco servidores das escolas de Coqueiro e Monte Azul (distritos de Jucuruçu)”, enfatiza.

O comunicado dizia que os seis servidores, sendo dois secretários, um digitador, duas professoras e uma merendeira, deveriam se apresentar na Secretaria Municipal da Administração. O advogado Agileu Batista, que acompanhou os servidores até o Complexo, informou que espera agora que a Polícia Processante encaminhe o inquérito o mais rápido possível para o Ministério Público, mas paralelo a queixa, ele vai impetrar mandado de segurança para garantir o retorno dos servidores às suas funções.

A Motivação

No dia 10 de maio, os alunos da Escola Municipal Cecília Meireles fizeram uma manifestação protestando contra a falta de merenda escolar. Chateados por já estarem sem merenda á mais de 15 dias, os alunos entraram na fila da merenda em frente á cantina e começaram a gritar “queremos merenda, queremos merenda, queremos merenda...”.

O movimento que começou no pátio da escola acabou seguindo pelas principais ruas da cidade, passando pela Secretaria de Educação, Prefeitura Municipal, residência do prefeito e Secretaria de Assistência Social, antes de retornar para a escola. Alguns daqueles alunos moram no interior, por isso costumam sair bem cedo de casa, antes do café da manhã, e só retornam depois do almoço. A merenda escolar é o único alimento que as crianças ingerem durante esse período.                                                      

Mas parece que a manifestação das crianças incomodou o prefeito que, movido pela fúria, decidiu perseguir os servidores, acusando-os de arquitetarem o movimento. De acordo com Jovita Lima Silva dos Santos, diretora da Delegacia Costa-Sul da APLB Sindicato, que também esteve na Delegacia e conversou com o delegado Gean Nascimento, a Secretaria Municipal de Administração informou que a PMJ vai instaurar um Processo Administrativo para apurar a responsabilidade dos servidores no ocorrido.  

“Eu pedi ao secretário que instaure sim o Processo Administrativo, porque se a escola tem 11 turmas, 11 salas e vários funcionários, porque só esses seis foram punidos”, questiona Jovita. A dirigente sindical informou que a orientação da APLB é a de que os servidores cumpram horário na Secretaria Municipal de Educação, onde são lotados, “o secretário de Administração já foi notificado sobre isso e agora estamos pedindo aos servidores que estejam na Secretaria da Educação cumprindo seu horário de trabalho”, destaca. Alguns servidores informaram que foram agredidos verbalmente pelo secretário

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